Veja as principais tendências em Stock Options para 2023.
Incentivos de Longo Prazo (ILPs) como Stock Options, Ações Restritas (RSUs) e Partnerships têm se configurado como uma ferramenta essencial dentro do processo de gestão das startups e empresas de diversos portes. Além de ser uma ferramenta para atração e retenção de talentos, também traz um alinhamento de incentivos entre os colaboradores e acionistas da empresa.
De acordo com Gustavo Fujimoto, fundador e CEO da Distu , empresa especializada em tecnologia para gestão societária, nos últimos anos temos visto um aumento de interesse em Incentivos de Longo Prazo (ILPs), e a popularização do uso de equity para alinhar incentivos tem trazido uma maturidade maior ao mercado. “A decisão recente do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) em pacificar que o ganho de Stock Options teria natureza mercantil, e não remuneratória, trouxe maior segurança jurídica. Enquanto as oscilações no mercado de Venture Capital reforçam a importância dos beneficiários terem clareza do potencial de ganho financeiro em diferentes cenários”, diz.
Diante deste cenário, Fujimoto traz 7 tendências que devemos observar nos ILPs ao longo de 2023:
Colaboradores cada vez mais diligentes:
Com o desaquecimento dos investimentos de Venture Capital e ações de empresas de tecnologia, o processo de explicar o funcionamento, riscos e potencial de retorno ao colaborador, se tornará ainda mais importante;
Aumento no número de beneficiários:
Com maior recorrência, empresas têm usado Incentivos de Longo Prazo (ILP) de forma mais ampla, não restringindo apenas aos executivos de cargos mais altos;
Maior utilização dos planos de Stock Options:
O aumento da segurança jurídica com a decisão do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) deve aumentar a participação das Stock Options, que estavam perdendo espaço para os planos de ações restritas (RSUs);
Retenção de talentos:
ILP’s começaram a ser muito utilizados em empresas de capital aberto e startups. Agora empresas de diversos portes e indústrias estão utilizando os incentivos de longo prazo para retenção de funcionários, principalmente as que possuem alta densidade de talentos, como nos segmentos de tecnologia, investimentos, healthcare e comunicação, entre outros;
Portal de transparência e automação:
Com planos cada vez mais amplos, vemos um aumento da importância da contratação de plataformas de gestão para dar transparência aos colaboradores e diminuir o trabalho operacional da gestão dos planos;
Outorgas de pacotes fora do ciclo:
Essas por sua vez, têm sido realizadas para retenção de funcionários, garantindo a permanência de talentos ou para substituir pacotes de opções que tiveram queda de valor muito acentuado com as oscilações de mercado;
Calendários de vesting não lineares:
Cada vez mais as empresas têm ajustado os calendários de vesting de forma não linear, concentrados no início ou no final do período, para se ajustar melhor às necessidades específicas da empresa ou dos colaboradores.
Ainda sobre as possibilidades no próximo ano, Gustavo destaca o fato de a modalidade estar se popularizando entre os mais variados segmentos e portes de empresas. A prática de utilizar ILP, que até pouco tempo atrás consistia em recompensar altos executivos de empresas de capital aberto ou que pretendiam entrar em uma bolsa de valores, agora tem figurado como uma realidade também para outros perfis de companhias.
“A difusão da cultura de empreendedorismo e os avanços da tecnologia permitem que qualquer pessoa seja um empreendedor em potencial. Isso coloca um desafio adicional na retenção e atração de talentos, independente do segmento de atuação. Neste cenário os ILPs têm se tornado uma alternativa bastante eficiente para manter e engajar as equipes”, finaliza.
A Distu é uma empresa especializada em tecnologia para gestão societária.