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VSR: vírus da 'tripledemia' põe bebês em risco nas Américas.


Vários países da América Latina e do Caribe continuam a relatar um número elevado de casos de vírus sincicial respiratório (VSR), a principal causa de infecções respiratórias graves em crianças com menos de um ano de idade.


Nos Estados Unidos a situação começa a se estabilizar após a alarmante saturação de unidades pediátricas, confirmaram à Agência EFE fontes da área de saúde da região.


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O VSR faz parte da atual onda de vírus respiratórios conhecida como "tripledemia", um surto simultâneo de casos de covid-19, influenza e vírus sincicial respiratório que levou as autoridades sanitárias nas Américas e na Europa a reforçarem as medidas de prevenção e tratamento, especialmente para crianças.


O VSR levou a um aumento das hospitalizações em países como Brasil, Canadá, México, Uruguai e Estados Unidos, afetando principalmente bebês prematuros e crianças com menos de um ano de idade.


Vírus sincicial e o pico nas Américas.


O VSR é uma "causa muito comum de infecção no trato respiratório inferior (brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares) que pode afetar pessoas de qualquer idade, mas tende a ser especialmente grave em bebês e idosos", disse em entrevista à EFE a médica Andrea Vicari, chefe da Unidade de Gestão de Ameaças Infecciosas da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).


"Pneumonia e bronquiolite são as principais causas de mortalidade entre bebês com VSR e a causa comum de infecções respiratórias agudas em crianças pequenas", acrescentou.


Um estudo publicado há alguns meses na revista britânica "The Lancet" confirmou que o VSR foi responsável pela morte de 100.000 crianças menores de cinco anos em todo o mundo em 2022, e 97% dos óbitos foram registrados em países de baixa e média rendas.


E são os bebês prematuros, com pneumopatias crônicas (doença pulmonar crônica, displasia broncopulmonar ou fibrose cística), doenças cardíacas congênitas ou imunodeficiências aqueles que correm maior risco de complicações e hospitalização devido ao VSR.


América do Sul e o Cone Sul são as regiões mais afetadas.


A atividade do VSR normalmente atinge picos nos meses mais frios, com um padrão variável nos trópicos. Entretanto, neste inverno no hemisfério norte, o número de hospitalizações de crianças tem sido maior.


Vicari mencionou os dados mais recentes da OPAS, referentes à semana epidemiológica de 27 de dezembro de 2022, que indicam que na América do Norte a atividade do vírus sincicial continua alta, mas com uma tendência decrescente.


No Caribe, as ilhas da Martinica e de Guadalupe relataram aumentos no VSR; na América Central, os casos cresceram na Guatemala e caíram no Panamá; enquanto o Brasil e o Chile continuaram a experimentar um aumento na atividade do vírus.


Este aumento tem sido relacionado a um fenômeno pós-pandemia, conhecido como "dívida imunológica", já que a covid-19 manteve as crianças em casa e reduziu sua interação social, o que também as levou a serem menos expostas a outros vírus e a não desenvolverem as respectivas defesas.


Nesse sentido, o médico Rubén Ruiz Santa Cruz, da Associação Latino-americana de Pediatria (Alape) e ex-presidente da Associação de Pediatria da Guatemala, afirmou à EFE que o alarme foi disparado na região americana devido à alta ocupação dos hospitais.


Segundo ele, houve um aumento de casos nos EUA e na América do Sul que não havia sido visto durante a pandemia.


"As teorias apontam para uma lacuna imunológica, porque se uma criança não foi exposta ao vírus, seu sistema imunológico obviamente não responderá a algo com o que não teve contato", acrescentou o intensivista pediátrico.


Tratamento para o VSR.


O cuidado com os sintomas, que incluem tosse ou sibilo contínuos, falta de ar e febre, é a pedra angular do tratamento para o VSR, pois não há vacina aprovada pelas autoridades reguladoras.


De acordo com Vicari, a maioria das infecções por VSR se limitam a um período de uma ou duas semanas, embora os bebês corram um maior risco de complicações graves e de necessidade de hospitalização.


Neste caso, para a especialista da OPAS, "a imunização passiva com anticorpos monoclonais - palivizumab - é uma intervenção apropriada para reduzir infecções respiratórias agudas graves com RSV em bebês em situação de risco".


O anticorpo monoclonal palivizumab é uma proteína sintética que atua no sistema imunológico, e consiste em uma tecnologia aprovada pelas autoridades reguladoras americanas e europeias.


O medicamento reduz as taxas de hospitalização e previne "doenças graves causadas pelo VSR em certos bebês e crianças que formam parte do grupo de risco", entre elas bebês prematuros, com doenças cardíacas congênitas ou displasia broncopulmonar, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

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