Inflação medida pelo IPCA vai a 0,62% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,79%, aponta IBGE.
Pelo quarto ano consecutivo, a inflação brasileira ficou acima da meta anual.
Rafaela Souza Jornalismo Atualizado em: 10/01/2023 - 16:39.
A inflação brasileira , medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) subiu para 0,62% em dezembro, fechando 2022 com alta de 5,79% O índice, que é considerado a inflação oficial do país, ficou 0,21 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,41%).
A inflação acumulada no ano de 5,79% ficou acima da meta anual estabelecida. Já em relação ao ano anterior, o IPCA de 2022 ficou abaixo dos 10,06% acumulados em 2021. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em 2022.
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Saiba mais sobre o IPCA.
O IPCA é definido pelo IBGE a partir de uma pesquisa de preços que observa a quantidade de produtos e serviços que registraram alta de preços em determinado mês.
O índice leva em consideração itens dos seguintes grupos: alimentação e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação.
IPCA – Histórico da inflação oficial mês a mês.
Entenda o que influenciou o IPCA de dezembro.
Em dezembro, todos os nove grupos analisados tiveram alta de preços. A maior variação (1,60%) e o maior impacto (0,21 p.p.) vieram de Saúde e cuidados pessoais , que acelerou em relação ao resultado de novembro (0,02%).
O IBGE também destacou que a segunda maior contribuição, 0,14 p.p., veio de Alimentação e bebidas , que ficou com alta de 0,66%. Juntos, os dois grupos representaram cerca de 56% do impacto total do IPCA de dezembro.
Veja como ficou a inflação para cada um dos grupos pesquisados pelo IBGE em dezembro:
Alimentação e bebidas: 0,66% Artigos de residência: 0,64% Comunicação: 0,50% Despesas pessoais: 0,62% Educação: 0,19% Habitação: 0,20% Saúde e cuidados pessoais: 1,60% Transportes: 0,21% Vestuário: 1,52%
A alta do grupo Saúde e cuidados pessoais está relacionada ao aumento nos preços dos itens de higiene pessoal (3,65%), em particular os perfumes (9,02%).
Índice acumulado no ano.
De acordo com o IBGE, esse é o quarto ano seguindo que a inflação brasileira ficou acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (em 2022, a meta era de 3,5% com teto de 5%). Embora tenha estourado o teto da meta, o índice ficou bem abaixo do registrado em 2021, que fechou o ano em 10,06%.
Dessa forma, sete dos nove grupos de produtos e serviços analisados apresentaram alta de preços. Veja como ficou a inflação para cada um dos grupos pesquisados pelo Instituto:
Alimentação e bebidas: 11,64% Artigos de residência: 7,89% Comunicação: -1,02% Despesas pessoais: 7,77% Educação: 7,48% Habitação: 0,07% Saúde e cuidados pessoais: 11,43% Transportes: -1,29% Vestuário: 18,02.
Grupo de Alimentação e Bebidas foi o destaque do IPCA em 2022.
Ainda segundo o IBGE, o resultado do IPCA em 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (11,64%), que teve o maior impacto (2,41 p.p.) no acumulado do ano. Somente em dezembro, a alta foi puxada pelo aumento na alimentação no domicílio (0,71%), superior à da alimentação fora do domicílio, que foi de 0,51%.
Os destaques do subgrupo de alimentação no domicílio foram a cebola (130,14%), que teve a maior alta entre os 377 subitens que compõem o IPCA, e o leite longa vida (26,18%), que contribuiu com o maior impacto (0,17 p.p.) entre os alimentos para consumo no domicílio. Os preços do leite subiram de forma mais intensa entre março e julho de 2022, quando a alta acumulada no ano chegou a 77,84%.
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Rafaela Souza.
Rafaela é estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já atuou na área de revisão e edição de textos e na comunicação institucional da UFMG. No iDinheiro, é responsável pela produção de notícias, reportagens e webstories sobre o universo das finanças.